segunda-feira, 26 de outubro de 2009

VÊNETO: Vinhos de primeira linha

Vêneto mantém de fato a primazia pela variedade e quantidade de produção. Vai conquistando também a melhor qualidade.
Já conta com 20 zonas reconhecidas. São do Vêneto, 4 DOCGs dentre os melhores do país: Pelo Vêneto, o homem de bronze já transitava. Em 300 antes de Cristo os Romanos conquistaram o litoral que era então ocupado por Gregos. A invasão bárbara levou os habitantes a fugirem para as ilhas da laguna e aí fundaram Veneza sobre paus. A região ficou muito tempo sendo da Áustria. Em 1866 virou de fato italiana.

Alguns vinhos: Valpolicella: Considerado o mais popular no mundo, geralmente bem feito, fácil de combinar.Atenção:belíssimo circuito de Valpolicella, a partir de Verona(clique no mapinha).
Outro: Recioto di Soave: Feito de uvas semi-secadas. Bardolino: Tinto ligeiro, até 11% de álcool, vinho alegre! Com predominância da uva Corvina.
Outros: Os Breganze, os Piave: Vinhos medianos. Os Montello, varietais, também medianos. Os Colli e os espumantes Prosecco.
É nesta região que se localiza a encantadora cidade “Cortina d’Ampezzo” considerada das mais lindas da Europa.
Estando por lá, não deixar de fazer o generoso roteiro enogastronômico dos Tocai Rosso, tomando como sede a cidade de Vicenza. Estando em Padova e não degustar os Bagnoli, os espumantes, é um desperdício. Sugestão de circuito, visitando o histórico castelo d’Este.
Cozinha: Arroz, feijão e pescados são o símbolo da cozinha vêneta. O risi e bisi: sopa densa de arroz ervilhas e pancetta. Risoto característico: “alla onda”. Provérbio: “tudo o que cresce sob a terra termina num prato de risoto no vêneto”. “pasta fagiole (feijão e massa). Fígado a la veneziana (acebolado). Peixes e crustáceos: Antipasto di frutti di mare. Brodo di pesce, risoto alle seppie (lula preta). Tomate em tudo: cada italiano consome 50 quilos por ano.
Cidades: Veneza, Verona, Vicenza, Treviso, Padova.
Próxima parada: Piemonte

sábado, 24 de outubro de 2009

REGIÕES DA ITÁLIA SEUS VINHOS E COMIDAS


VAL D’AOSTA: Vinhos raros e heróicos.
Região montanhosa, cercada pela França, Suíça e Piemonte. Região de beleza incomparável nos arredores do Mont Blanc.
Inúmeros vestígios do Império Romano que ;por ali passavam para combater os bábaros do Norte. Lugar de grandes batalhas e heroísmos. Os mais Altos vinhedos da Europa.
Menor região vinícola da Itália. Seus vinhos levam geralmente o nome de “Val D’Aosta” e são quase todos leves, “poco intenso”.
Há um circuito fascinante que inclui as principais cidades.
Porém, estando em Aymavilles, não deixar de almoçar na “Cave des Onze Communes”, recomendável pelos seus vinhos da região. Em La Salle, você toma o vinho branco branco do mesmo nome, fantástico! Atravesse da Itália para Fraça, pelo vale d´Aosta. É inesquecível. Próxima parada: Vinhos do Vêneto.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DENOMINAÇÕES DOS VINHOS ITALIANOS


VINO DI TAVOLA (VDT): Vinhos não complicados, leves, sem grandes destaques, para o dia a dia. Pode-se encontrar no rótulo alguma informação genérica: Exemplo: Vini di Tavola, Pinor Grigio. Há, no entanto, grandes vinhos que só podem ser chamados de “Di Tavola”.Assim era o Sassicaia, Solaia (Considerado o melhor vinho de 2000 pela Winespectator), Tignanello...

INDICAZIONE GEOGRAFICA TIPICA(IGT): Contém uma referência geográfica bem ampla. Qualifica o Vino Di Tavola de uma vasta região. A tendência é os VDTs irem alcançando os IGT.

DENOMINAZIONE DI ORIGINE CONTROLLATA (DOC) : Aqui está a maioria dos bons vinhos. 285 vinhos ostentam esta denominação. Pode indicar: Região, comuna, nome antigo, uva... Podem apresentar a abreviação: “VQPRD”(Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada).

DENOMINAZIONE DI ORIGINE CONTROLLATA E GARANTITA (DOCG) : Teoricamente é o topo da pirâmide. Devem ser degustados
oficialmente, todos os anos: Há 21 DOCGs na Itália hoje. Alguns deles: Barolo, Barbera, Brunello di Montalcino, Chianti, Albana di Romagna, Torgiano Rosso Riserva, Vini Nobile di Montepulciano, Carmignana, Gatinara, Taurasi...
Com estas informações já podemos iniciar nossa viagem.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

HISTÓRIA E ESTÓRIAS SOBRE O VINHO ITALIANO



Os Etruscos, muito antes de os romanos chegarem na Penísula (800 a 1000 aC.), já faziam e comercializavam vinhos a partir da atual Toscana. Seus vinhos eram tão famosos que os gregos chamaram aquela região de Enótria(a terra dos vinhos). Empresários Gregos, preocupados com a produção intensiva, implantaram, pela primeira vez na história, a monocultura da vinha, em 500aC., no Sul da Itália.
Passados mais 500 anos e a Itália se transformou na grande exportadora de vinhos para o mundo. A utilização da ânfora permitia levar o precioso líquido aos lugares mais distantes, sem perder a qualidade. Mantinha a temperartura, era recarregável, descartável, porém pesada. Tão prática que passou a ser utilizada para tudo que é despejável: Azeite, cereais, “garum”. Eram tantas e de tal utilidade que os exércitos passaram a usá-las enterradas, como armadilha para os cavalos.
As vinhas ajudaram os romanos a fixar e pacificar os Gauleses. Pompéia, em 60aC. Abastecia Bordeaux com carregamentos de até 3000 ânforas de 26 litros. Em Pompéia havia 2000tavernas e vendia-se um bom vinho por 4 vinténs a garrafa. Quando Pompéia sumiu, Roma assumiu automaticamente ser a grande fornecedora do mundo.
Até o ano 1000, a supremacia romana espalhou os ”Grands Crus” italianos: Phalernum, Caecubum, Caulium, Surrentinum...até aos recantos mais escondidos do mundo.
Esta supremacia continuou com os Venezianos e Genoveses que, com seus veleiros-galeras pontuais, venciam distâncias, levando vinho de qualidade para todos os mares. Só que, com tanto vinho, esta qualidade se deteriorou pelo tempo à fora.
Agora a Itália continua servindo o mundo de vinhos só que se esforçando, dentro de Leis rígidas, para garantir qualidade. E está conseguindo.

LEI 164 DE 1992.
Há uma Lei desde 1963. Em 1992, porém, foi aperfeiçoada vem sendo aplicada com rigidez suficiente para garantir qualidade. Hoje há quatro classificções.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009


INTRODUÇÃO
Nossa intenção é uma viagem pela Itália através de seus vinhos, vinícolas, videiras, história, cultura. Visitar toda a Itália, pelos caminhos do vinho, é o único país onde podemos fazer isto. Por que, como diz o mestre Saul Galvão: “a Itália é um imenso vinhedo, dos Alpes à Sicília”.
A Itália é a segunda maior produtora e a terceira maior consumidora de vinho do mundo e é ali que está a maior variedade deles. Somente vinhos que começam com BAR, há 56(Barbaresco, Barolo, Barbera, Bardolino...). Confirma Gianni Bonacini “que ali há hoje um total de 3811 vinhos diferentes”, fora os que estão nascendo a cada ano.
Para se ter uma idéia. A Itália produziu, em 1997, 50.847 hectolitros.
No meio de tanta produção temos de entender que haja ainda um pouco de rebeldia.
Felizmente desde 1963, uma Lei vem tentando organizar esta avalanche infindável de rótulos de fantasia que surgem todos os dias. Em 1992 a Lei foi melhorando e é a que prevalece.

Palestra sobre Vinhos Italianos

L’ITALIA ATTRAVERSO I SUOI VINI
(Baco de Michelangelo Buonarroti efectuada entre 1496 e 1498).

(UN VIAGGIO DA NON SCORDARE)
Nossa intenção é percorrer a Itália, de Norte a Sul, através de seus parrerais, sua comida e seus vinhos regionais. Topa nos acompanhar?
REGIÕES
Val d’Aosta Piemonte
Lombardia
Trentino Alto Adidge
Veneto
Friuli - Venezia Giulia
Liguria
Emilia Romagna
Toscana
Umbria, Lazio
Marche, Abruzzo
Molise, Campania
Puglia, Basilicata
Calabria
Sicilia e Sardegna

Palestrante: Prof. Alcides de Carvalho

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Resveratrol


Um grupo de trabalho criado na UEL(Universidade Estadual de Londrina), formado por empresários, professores, cardiologistas e produtores de vinho, apoiados por pesquisas realizadas na Universidad de La Mancha, estudam a incidência de resveratrol nas uvas do Sul do Brasil e visam criar um dos melhores centros de pesquisa do vinho e suco de uva do país.

Sobretudo a uva Isabel, cultivada na região, promete surpreender com a quantidade deste componente extremamente benéfico à saúde e hoje procurado por todos que o conhecem.