quarta-feira, 11 de novembro de 2009

FRIULI – VENEZA GIULIA: Vinhos, do solo Grave ao Carso.

4 províncias:Pordenone, Udine, Gorizia e Trieste.(Clique no mapa). Cercada pela Eslovênia, Áustria e Vêneto. Foi passagem para todos os povos: Vieram os Celtas (Sec. V a. C.). Depois Júlio Cesar venceu aqui Otaviano e cedeu seu nome aos Montes da região “Giulia”. Depois vieram os Longobardos, depois os Bizantinos, depois os Francos, depois os Germanos, Austríacos e em 1919 virou “Tutti Italiani”. Talvez por tanta mistura, ali mora hoje o povo mais hospitaleiro e acolhedor de toda a Itália.
Vinhos:
54% dos vinhedos é uva Merlot. Qualquer DOC que você tomar na região vai se chamar Collio, ou Friuli, ou Grave, ou terão o nome da uva. Porém, ficar atento se aparecer um tal de “Colli Orienale Ronco delle Acacie”. É considerado dos melhores brancos italianos.
Cidades: Udine, Gorizia, Forni di Sopra, Pordenone....
Circuito:Aqui um circuito esperto para descobrir os Colli, a partir de Udine. (Clique no mapinha)
Cozinha: Tantos povos , mar e montanhas resultou em riquíssima cozinha. Marcante o Prosciutto di San Daniele. O forte Ossobuco pede um Cabernet Sauvignon. Os peixes, um Riesiling. Na Província de Gorizia, em Cormons o restaurante dos Gêmeos Zappolati regional, pratos generosos(dá pra três), com vinho livre.
Próxima parada: Ligúria

domingo, 8 de novembro de 2009

INDICAÇÃO DE VINHO

Interropemos nossa viagem pela Itália para atender o pedido de alguns seguidores deste Blog, solicitando a indicação de vinhos, para serem consumidos no dia-a-dia, que tenham um atraente custo/benefício e que possam ser encontrados com facilidade. Então, fica combinado que faremos isto de vez em quando.
Vamos começar com um, fácil de ser apreciado, não é um grande vinho, porém, bem em conta, cerca de R$ 12,00, encontrado no Wall-mart(Mercadorama): O Panul(abraço na língua quechua), das uvas Cabernet, Sirah, Merlot ou Carmenère. É da renomada e maior vinícola privada, chilena, Errazuriz Ovale. O de 2006 estava excelente para o preço. O de 2008 também está bom. (Clique no rótulo)
Envie sugestões de vinhos para a pequena comunidade que já está se formando ao redor deste bloguinho.

sábado, 7 de novembro de 2009

TRENTINO-ALTO ADIGE: Vinho e tradição.

Pode-se dizer que aqui são dois países, duas tradições e duas línguas: No Trentino, Italiano e no Alto Adige Austríaco. (Clique no mapa dos vinhos)
Vinhos:
Aqui, na Idade Média, predominavam os vinhedos dos Mosteiros, com a uva Schiava. Hoje predomina a Riesling com seus brancos aromáticos e boa acidez. É do Trentino o famoso Teroldego Rotaliano(nome da uva) que é o melhor tinto do Nordeste da Itália.
Alto-Adige é a sub-região onde os vinhos falam mais é o alemão. Traminer, Südtirol, Müller, Thurgau.
Este confronto de culturas obrigou cada um a preservar ao máximo suas identidades. Isto torna a região extremamente diversa e rica em cultura.
Estando em Trento, percorrer seus arredores, repleto de cantinas com seus imensos barris. (Clique no mapinha)
Aqui se mistura o vinho com mel, resultando no Vinsanto.
É inesquecível ao menos uma visita ao hotel“Orso Grigio”em San Michele.
Cidades: Trento, Rovereto Bolzano, Mesolombardo, Riva del Garda.
Cozinha: Diversa cultura, rica cozinha italiana e alemã. Strudel com sabores de frutas, mel e canela. Em San Michele no Istituto del Vino finas carnes em grandes porções na pedra escaldante. Mar de frutas. Região de hospitalidade barata e acolhedora. Em Bressanone (próximo a Bolzano) o Prato do Elefante, assusta: Uma montanha de carne no restaurante homônino.
Estando em Trento aproveite este roteiro(Clique no mapinha). Conheça a comunidade autônoma: Appiano sulla Strada del Vino, com casas de hospedagem rural, inúmeros restaurantes de cozinha local. Ao seguir pela STRADA STATALE que leva a Trento, não perca esta vista do castelo e Lago di Toblino.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

LOMBARDIA: VINHOS POUCOS, PORÉM, ESPECIAIS



Região “Dai Grandi Rossi”. A Lombardia é uma região da Itália setentrional, com 9,7 milhões de habitantes e 23 854 km², cuja capital é Milão. Tem limites ao norte com a Suíça, a oeste com o Piemonte, a leste com o Vêneto e com Trentino-Alto Ádige, e ao sul com a Emília-Romagna. É a região mais populosa da Itália.Um sexto da Itália vive aqui. (Clique no mapa para ver as regiões e seus vinhos)
Sub-regiões: Valtelina ao Norte. Franciacorta nos arredores de Brescia e Lago de Garda. E l’Oltrepó ao Sul de Milão e que é considerado um dos primeiros distritos vinícolas da Itália. Aqui se elabora o famoso Oltrepó Pavese e outros estranhos como o famoso Sangue di Juda, das uvas Barbera, Croatina, Ugheta, e Pinot Nero e que é frisante e doce, para sobremesa.
Cidades: Milão, Bréscia, Mantova, Pavia, Cremona, Bérgamo.
Cozinha:Terra da renomada Bresaola, um embutido cortado finamente que pode ser cozido leve em azeite, pimentão e limão. O “violini” um presunto de cabra que se alimenta dos temperos. Os “pizzocche” (tagliatelle espesso) que pode levar um traço de manteiga e grappa. As milanezas em abundância. Os tartufi, os funghi sempre presentes. Queijos caprinos especialmente os da família Boscasso. Em Santa Maria della Versa, próximo a Piacenza: Provar o pequeno e característico restaurante “Prato Gaio”, acolhedor e rico em vinhos da região, sem pressa. Tel:39.0385.99726, fechado segundas e terças. Procure pelo Giorgio, da 3ªgeração dos que começaram em 1890.
Dentre muitos, há um roteiro imperdível: Com base em Bréscia. (Clique no mapinha).
Próxima parada: Trentino e Alto-Adige

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

PIEMONTE: TERRA DOS GRANDES TINTOS

Região e Históia:É região vinícola das mais prestigiadas do país, certamente a maior. Apresenta 42 DOCs(DENOMINAÇÃO DE ORIGEM CONTROLADA) e 7 DOCGs(DENOMINAÇÃO DE ORIGEM CONTROLADA E GARANTIDA). Terra onde vinho é cultura, arte, sustento da população. Grande respeito pelo meio ambiente. Fronteira com França, Suíça e Lombardia.
Os romanos dominaram ali desde o início do Império. Depois vieram os Longobardos, os Franceses que depois ajudaram a expulsar os Austríacos, foram embora e deixaram toda a tecnologia de produção avançada para a época.
Vinhos:Prestar atenção à sub-região de Asti, devido aos belos espumantes. Porém, não esquecer os Freisa, Barbera, Grignolino. Ali, na sub-região de Monferrato estão os Brachetto, os Gavi, Cortese, Dolcetto e Monferrato. Na sub-região de Langhe residem os Barolo(o rei dos vinhos e o vinho dos reis), Nebbiolo(uma fábula) e Langhe.
Dica:Estando em Alba, seria uma pena perder o circuito de Alba com seus restaurantes e vinhos locais:
Na região Pré-Alpina há dois vinhos marcantes: o Gatinara e o Carema. Este último aveludado(morbido) com aromas de rosas e que envelhece 4 anos, elaborado com a uva Nebbiolo que cresce em pérgolas.
Cidades: Torino, Alessandria, Novara, Cuneo, Asti, Alba.
Cozinha: Cozinha elegante, roubaram a primazia francesa. Matéria prima natural de cada local, com arremates de manteiga, trufas brancas e funghi. Prato mais típico: Carbonade: tiras finas de carne de vitela marinadas longamente em vinho tinto e ervas. Em setembro entram as lebres e perdizes. A elegante “fonduta”: creme aromatizado por alcachofras. O forte “Bollito”(carnes, legumes e molho). A característica: “paniscia” (rtisoto com feijões, repolho e d’la duja ( salame curado na banha)
Dica:Ir ao ristorante Moderno do Pietro e Mama Bibi em Carru.

Próxima parada: LOMBARDIA

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

VÊNETO: Vinhos de primeira linha

Vêneto mantém de fato a primazia pela variedade e quantidade de produção. Vai conquistando também a melhor qualidade.
Já conta com 20 zonas reconhecidas. São do Vêneto, 4 DOCGs dentre os melhores do país: Pelo Vêneto, o homem de bronze já transitava. Em 300 antes de Cristo os Romanos conquistaram o litoral que era então ocupado por Gregos. A invasão bárbara levou os habitantes a fugirem para as ilhas da laguna e aí fundaram Veneza sobre paus. A região ficou muito tempo sendo da Áustria. Em 1866 virou de fato italiana.

Alguns vinhos: Valpolicella: Considerado o mais popular no mundo, geralmente bem feito, fácil de combinar.Atenção:belíssimo circuito de Valpolicella, a partir de Verona(clique no mapinha).
Outro: Recioto di Soave: Feito de uvas semi-secadas. Bardolino: Tinto ligeiro, até 11% de álcool, vinho alegre! Com predominância da uva Corvina.
Outros: Os Breganze, os Piave: Vinhos medianos. Os Montello, varietais, também medianos. Os Colli e os espumantes Prosecco.
É nesta região que se localiza a encantadora cidade “Cortina d’Ampezzo” considerada das mais lindas da Europa.
Estando por lá, não deixar de fazer o generoso roteiro enogastronômico dos Tocai Rosso, tomando como sede a cidade de Vicenza. Estando em Padova e não degustar os Bagnoli, os espumantes, é um desperdício. Sugestão de circuito, visitando o histórico castelo d’Este.
Cozinha: Arroz, feijão e pescados são o símbolo da cozinha vêneta. O risi e bisi: sopa densa de arroz ervilhas e pancetta. Risoto característico: “alla onda”. Provérbio: “tudo o que cresce sob a terra termina num prato de risoto no vêneto”. “pasta fagiole (feijão e massa). Fígado a la veneziana (acebolado). Peixes e crustáceos: Antipasto di frutti di mare. Brodo di pesce, risoto alle seppie (lula preta). Tomate em tudo: cada italiano consome 50 quilos por ano.
Cidades: Veneza, Verona, Vicenza, Treviso, Padova.
Próxima parada: Piemonte

sábado, 24 de outubro de 2009

REGIÕES DA ITÁLIA SEUS VINHOS E COMIDAS


VAL D’AOSTA: Vinhos raros e heróicos.
Região montanhosa, cercada pela França, Suíça e Piemonte. Região de beleza incomparável nos arredores do Mont Blanc.
Inúmeros vestígios do Império Romano que ;por ali passavam para combater os bábaros do Norte. Lugar de grandes batalhas e heroísmos. Os mais Altos vinhedos da Europa.
Menor região vinícola da Itália. Seus vinhos levam geralmente o nome de “Val D’Aosta” e são quase todos leves, “poco intenso”.
Há um circuito fascinante que inclui as principais cidades.
Porém, estando em Aymavilles, não deixar de almoçar na “Cave des Onze Communes”, recomendável pelos seus vinhos da região. Em La Salle, você toma o vinho branco branco do mesmo nome, fantástico! Atravesse da Itália para Fraça, pelo vale d´Aosta. É inesquecível. Próxima parada: Vinhos do Vêneto.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DENOMINAÇÕES DOS VINHOS ITALIANOS


VINO DI TAVOLA (VDT): Vinhos não complicados, leves, sem grandes destaques, para o dia a dia. Pode-se encontrar no rótulo alguma informação genérica: Exemplo: Vini di Tavola, Pinor Grigio. Há, no entanto, grandes vinhos que só podem ser chamados de “Di Tavola”.Assim era o Sassicaia, Solaia (Considerado o melhor vinho de 2000 pela Winespectator), Tignanello...

INDICAZIONE GEOGRAFICA TIPICA(IGT): Contém uma referência geográfica bem ampla. Qualifica o Vino Di Tavola de uma vasta região. A tendência é os VDTs irem alcançando os IGT.

DENOMINAZIONE DI ORIGINE CONTROLLATA (DOC) : Aqui está a maioria dos bons vinhos. 285 vinhos ostentam esta denominação. Pode indicar: Região, comuna, nome antigo, uva... Podem apresentar a abreviação: “VQPRD”(Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada).

DENOMINAZIONE DI ORIGINE CONTROLLATA E GARANTITA (DOCG) : Teoricamente é o topo da pirâmide. Devem ser degustados
oficialmente, todos os anos: Há 21 DOCGs na Itália hoje. Alguns deles: Barolo, Barbera, Brunello di Montalcino, Chianti, Albana di Romagna, Torgiano Rosso Riserva, Vini Nobile di Montepulciano, Carmignana, Gatinara, Taurasi...
Com estas informações já podemos iniciar nossa viagem.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

HISTÓRIA E ESTÓRIAS SOBRE O VINHO ITALIANO



Os Etruscos, muito antes de os romanos chegarem na Penísula (800 a 1000 aC.), já faziam e comercializavam vinhos a partir da atual Toscana. Seus vinhos eram tão famosos que os gregos chamaram aquela região de Enótria(a terra dos vinhos). Empresários Gregos, preocupados com a produção intensiva, implantaram, pela primeira vez na história, a monocultura da vinha, em 500aC., no Sul da Itália.
Passados mais 500 anos e a Itália se transformou na grande exportadora de vinhos para o mundo. A utilização da ânfora permitia levar o precioso líquido aos lugares mais distantes, sem perder a qualidade. Mantinha a temperartura, era recarregável, descartável, porém pesada. Tão prática que passou a ser utilizada para tudo que é despejável: Azeite, cereais, “garum”. Eram tantas e de tal utilidade que os exércitos passaram a usá-las enterradas, como armadilha para os cavalos.
As vinhas ajudaram os romanos a fixar e pacificar os Gauleses. Pompéia, em 60aC. Abastecia Bordeaux com carregamentos de até 3000 ânforas de 26 litros. Em Pompéia havia 2000tavernas e vendia-se um bom vinho por 4 vinténs a garrafa. Quando Pompéia sumiu, Roma assumiu automaticamente ser a grande fornecedora do mundo.
Até o ano 1000, a supremacia romana espalhou os ”Grands Crus” italianos: Phalernum, Caecubum, Caulium, Surrentinum...até aos recantos mais escondidos do mundo.
Esta supremacia continuou com os Venezianos e Genoveses que, com seus veleiros-galeras pontuais, venciam distâncias, levando vinho de qualidade para todos os mares. Só que, com tanto vinho, esta qualidade se deteriorou pelo tempo à fora.
Agora a Itália continua servindo o mundo de vinhos só que se esforçando, dentro de Leis rígidas, para garantir qualidade. E está conseguindo.

LEI 164 DE 1992.
Há uma Lei desde 1963. Em 1992, porém, foi aperfeiçoada vem sendo aplicada com rigidez suficiente para garantir qualidade. Hoje há quatro classificções.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009


INTRODUÇÃO
Nossa intenção é uma viagem pela Itália através de seus vinhos, vinícolas, videiras, história, cultura. Visitar toda a Itália, pelos caminhos do vinho, é o único país onde podemos fazer isto. Por que, como diz o mestre Saul Galvão: “a Itália é um imenso vinhedo, dos Alpes à Sicília”.
A Itália é a segunda maior produtora e a terceira maior consumidora de vinho do mundo e é ali que está a maior variedade deles. Somente vinhos que começam com BAR, há 56(Barbaresco, Barolo, Barbera, Bardolino...). Confirma Gianni Bonacini “que ali há hoje um total de 3811 vinhos diferentes”, fora os que estão nascendo a cada ano.
Para se ter uma idéia. A Itália produziu, em 1997, 50.847 hectolitros.
No meio de tanta produção temos de entender que haja ainda um pouco de rebeldia.
Felizmente desde 1963, uma Lei vem tentando organizar esta avalanche infindável de rótulos de fantasia que surgem todos os dias. Em 1992 a Lei foi melhorando e é a que prevalece.

Palestra sobre Vinhos Italianos

L’ITALIA ATTRAVERSO I SUOI VINI
(Baco de Michelangelo Buonarroti efectuada entre 1496 e 1498).

(UN VIAGGIO DA NON SCORDARE)
Nossa intenção é percorrer a Itália, de Norte a Sul, através de seus parrerais, sua comida e seus vinhos regionais. Topa nos acompanhar?
REGIÕES
Val d’Aosta Piemonte
Lombardia
Trentino Alto Adidge
Veneto
Friuli - Venezia Giulia
Liguria
Emilia Romagna
Toscana
Umbria, Lazio
Marche, Abruzzo
Molise, Campania
Puglia, Basilicata
Calabria
Sicilia e Sardegna

Palestrante: Prof. Alcides de Carvalho

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Resveratrol


Um grupo de trabalho criado na UEL(Universidade Estadual de Londrina), formado por empresários, professores, cardiologistas e produtores de vinho, apoiados por pesquisas realizadas na Universidad de La Mancha, estudam a incidência de resveratrol nas uvas do Sul do Brasil e visam criar um dos melhores centros de pesquisa do vinho e suco de uva do país.

Sobretudo a uva Isabel, cultivada na região, promete surpreender com a quantidade deste componente extremamente benéfico à saúde e hoje procurado por todos que o conhecem.